sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Fé.

Apesar de tudo, eu ainda tenho fé.
Fé na vida, nas coisas, nas pessoas. Fé em todo um mundo que mesmo não tendo fé em mim, insiste em me provar.
Fé que amanhã o sol vai acordar lindo e brilhando pela janela do meu quarto, invadindo tudo, aquecendo tudo que é frio.
Que tudo isso que hoje está nos assustando, irá ser motivo de risos e piadas sem graça, em um diálogo bobo e tão nosso, enquanto tomamos nosso vinho preferido...
Eu preciso acreditar que ao abrir os olhos algo melhor vai acontecer, eu tenho isso que se chama de Es-pe-ran-ça. Com E maiúsculo mesmo. Não aquela ilusão ou qualquer coisa utópica, que nos cega. Mas a certeza de que tudo que está hoje bagunçado irá arrumar, que é preciso estar por baixo na vida algumas vezes pra dar mais valor que quando se está em cima. Certeza que tudo vai ficar mais claro, mais limpo, mais leve, entende?
A gente demora a perceber que certos caminhos são simples, não tem complicação.
Não é preciso chorar agora, sofrer, morrer, esperar, quase impossível.
Eu te tenho, e você me tem. É simples, não?
Leve, claro.
Como nós.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Frio.

É preciso deixar pra lá, entendes? Tem certos momentos que a desistência é sinal de força, bravura o suficiente para saber que não se deve continuar em certos caminhos, é maturidade que permite ver que tudo tem um fim e um porquê. Preste bem atenção, menina: cuidado com os convites de amor, cuidado com os pedidos pra ficar, com os sinais de paixão, de ardor. Tenha cuidado menina, pra não se queimar no fogo de outros que existem por aí. Pessoas queimam, sabia? Incendeiam, ardem, violam. Começam pequenos, cresce em chamas altas e fortes, atingindo um calor insuportável! E depois, passa, simplesmente cessa.
E resta apenas aquelas pequenas brasas, que já não são suficientes e não aquecem mais.
E aí, resta esse frio todo que estás sentindo.