segunda-feira, 22 de julho de 2013
Veja.
segunda-feira, 11 de março de 2013
Devaneios, eu sei.
Porém, você sabe, eu tenho medo, tenho tanto medo! Sou covarde e prefiro evitar qualquer possibilidade de contado que, potencialmente, irá me machucar. É de um egoísmo tão grande que prefiro me trancar dentro do meu próprio mundo. Mundo esse que é completamente devastado. Não, é preciso entender. Por mais que eu tenha tais devaneios, eu não posso te tocar menina. E disso eu sei. Se te tocar, te firo. E como é doloroso essa ambivalência que a cada lapso de segundo me atormenta.
- Mas vem, vem que talvez, em um sonho nosso, agora tudo possa mudar.
- Eu sei menina, sei que o sol hoje pode ficar encoberto de nuvens negras.
- Só que por mais que possamos tentar nada disso vai valer à pena, sabemos.
- Mas vamos nos enganar mais uma vez, como se fosse a primeira vez.
- Mas hoje, te prometo menina, hoje eu te dou o céu.
terça-feira, 5 de março de 2013
Green Eyes.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Mar negro.
"Não ouse fugir do infinito do que sente."
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Espinho.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Leve.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Busca.
Ela estava cansada. Não um cansaço comum, normal das pessoas que se cansam por um dia de trabalho qualquer. Era maior, um cansaço que nasce das entranhas, que surge do vazio do peito e, ao mesmo tempo, inventa-se em um som sem ritmo que o coração faz, lhe invadindo sem pedir permissão de sentir.
Ela se doía, se concentrava em outras coisas, olhava outras histórias, mas aquilo que a aniquilara até então e a sufocara, continuava presente. Não ia embora, nunca iria. Ela desiste. Entrega-se gritando urgentemente e pedindo pelo corpo de outra pessoa. Precisa do afago e do carinho que ela não consegue se oferecer. Já tentou por si só tantas vezes curar suas feridas sem êxito. Cansou de buscar em si a solução para seus problemas e foi então buscá-lo em alguém. Não preciso dizer, foi seu pior erro, pois agora doía mais. Mas como ela saberia que na sua ânsia de buscar o que não encontrou em si, residia a angústia e a dor da queda? Logicamente, nessa busca por cuidado, ela se feriu. Endurecia cada dia mais com os tapas e empurrões que levava, das vezes que buscava o abraço e encontrava apenas braços sem vida, gelados. E esse alguém não poderia saber, nem nunca saberia, o quanto lhe machucava o vazio de estar sozinha a dois.
Ela se descontrolava, dizia para esse alguém que não queria desistir, insistia estupidamente por sentir algo tão grande e maior que ela mesma. Gritava muito, só que dessa vez, gritava implorando por um amor que não lhe pertencia. Não lhe escutaram. Fingiram entender, perdendo-a como areia que com o bater do vento se dissipa.
De tanto pedir, ficou exausta. De tanta exaustão, desmoronou.
Não conseguia mais vivenciar aquilo e falhou. Simplesmente falhou, como em tantas outras vezes. Era um pássaro, que cedo demais tentou voar e caiu bobo no chão.