
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
A gente continua.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Não.
Não.
Não me venha com metades se não pode se doar inteira, não me venha com telefonemas bobos e românticos agora se quando eu estiver na madrugada você não puder ligar, não venha com sentimentos que não são sinceros, não, não, não! Não venha querer entrar em uma vida se não for ficar. Não venha se oferecer para me ter, me ganhar, para esquecer-se de fazer o mesmo de volta por mim. Não é ficar pensando no amanhã amor, não é querer me precipitar, mas eu me cansei já de toda vez ser a menina que termina assim, desse jeito, boba, pateta, parada. E completamente inerte. Chega de construir muralhas, deter medos, persistir em erros que não são mais passíveis de entendimento agora. Por isso, só quero o essencial e verdadeiro, meu bem. Se tem pra me oferecer, o faça. Ou vem, e permanece, ou vai embora de vez. Chega de meio termo, de joguinhos, porque agora quem sai desse tipo jogo sou eu. Porque nele, eu sempre me perco inteira. E saio sempre perdendo.
Se quer continuar nisso, que continue. Só que...Sozinha.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Querer. Não poder.

sábado, 13 de novembro de 2010
vaipassar,vaipassar,vaipassar,vaipassar,vaipassar...
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Esperança.
Apesar de tudo, a gente ainda tem esperanças. Não que seja aquela esperança sufocante, de quem tem a angústia, impaciência ou qualquer tipo de sentimento comum aqueles que não são como nós. Aquele sentimento de nervosismo extremo, para que tudo aconteça no tempo que se quer, não nos pertence. A gente não permanece como os outros, a gente não consegue se entender, mas a gente se gosta e se preza muito. E a gente se basta. Em nossas incongruências de caminhos e retas, um pouco tortas quem sabe, encontramos o ângulo certo ao qual nos une. Aquele ponto único.
Temos a esperança cega daqueles que esperam por algo indeterminado, e que ao mesmo tempo dá ao coração a pulsação necessária pra continuar a bater. E essa espera por algo bom, sempre é tão reconfortante quando você sabe que aquilo vai acontecer; mas mesmo nessa escuridão que nos entorpece, continuamos, insistimos. E apesar de não conseguirmos enxergar o que está em nossa frente, e o que virá depois, temos aquela vontade exata, de fazer com que tudo fique bem. E a sensação que nos domina, a de que tudo irá florir nesse sol brilhante, que a música não irá parar no meio da dança, que os passos não irão chafurdar em meio ao lamaçal, e que tudo ficará muito, muito, muito bem. E você sabe, sabe sim, ficará. Tudo bem, tudo tão bem.
sábado, 6 de novembro de 2010
Diz que não dói.

Depois de tudo, eu quero que encoste sua mão em mim e sinta aqui.
Pousa seus dedos frios no meu peito e diz que sente algo bater, por favor. Porque eu, antigamente, tinha tanto sentimento... Tanto! E hoje simplesmente há esse vazio, essa falta que nada preenche e ninguém entende. E eu lhe digo, meu caro, agora é tão difícil estar só comigo... Porque antes, eu tinha a presença de alguém aqui dentro, me refugiava e me escondia nisso, não precisava me encontrar com meu verdadeiro eu. Acho que sempre evitei esse encontro. Aliás, acho não, passo a ter certeza agora.
Essa vã certeza dos desvairados e solitários que se perdem em seu próprio caminho.
Porém, agora na minha presença inevitável, me assusto, tenho medo, por não saber como fazer e o que fazer com essa única pessoa que aqui reside. Tenho pavor dela. Tenho pavor de mim. Consegue ver?
Vem aqui vai, bate no meu peito, porque eu preciso sentir essa dor da normalidade ao ser tocada na carne. Quero ter ainda essa pulsação viva que todos têm. Porque se doer em você, é sinal de que tudo já se transformou em ferro, aço, e que dentro de mim nada mais há. Vou ter que conviver com essa dureza do meu ser, do meu peito, da minha vida inteirinha. Essa dureza de mim. E essa dor, que vou provocar nos outros... O que é o pior de mim. Sempre foi. E vai continuar sendo.
Então te peço aqui: por favor, só não diga que doeu em você.
Mesmo que seja mentira. Mesmo que seja verdade.
Porque só isso me basta agora.