sábado, 4 de setembro de 2010

Nostalgia.


É engraçado lembrar. Ver as velhas fotos, rostos conhecidos, pessoas que marcaram. Marcaram por bem, marcaram por mal. Achar as cartas antigas, aquelas que juravam amor eterno, um eterno que se apagou diante do vento forte. Culpa de quem? Minha? Tua? Tempo? Culpemos o tempo. Assim não carregaremos, nem eu e nem você, a culpa por um distanciamento bastante doloroso. Culpemos qualquer um, qualquer coisa, só vamos despejar tudo isso que nos sufoca sobre alguém. Menos mal assim. O problema das lembranças é que quando elas teimam em entrar por uma porta há muito tempo fechada, não importa se trancada ou não, acabam por conseguir abrir. Elas têm um tipo de chave especial, aquela que se encaixa perfeitamente na saudade. Abre fácil! E a porta, que foi construída especialmente para ser forte, não passa a ser uma mera vidraça diante de um turbilhão de sentimentos em muito esquecido. Vidraça que se quebra, frágil. E ouvir aquela música, aquela recitada ao pé do ouvido, ou ler aquele poema, é, aquele feito em um guardanapo, ou qualquer coisa que faça esbarrar no que estava adormecido faz voltar, aquele exato momento em que tudo aconteceu... Como aconteceu? Eu ainda sinto aqui, viva e nítida todas essas expressões, impressões. Invenções...

Um comentário:

  1. Vc escreve muito...lindo de texto...
    Passei para retribuir a visita e me surpreendi com a qualidade do blog, estou seguindo

    Beijão
    Lucyano

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