quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Porque nem sempre.


Porque tem dias que parece que está tudo nublado. E eu começo a lembrar... E penso se poderíamos ter tido um desfecho diferente. Talvez poderíamos, em nosso livro, não ter rasgado a página final, assim, tão bruscamente. Foi leviano. E doloroso. Não acha? Talvez poderíamos ter nos importado mais, ter nos amado mais, sabe? Aliás, nos amamos? Você amou? Na verdade, são certas coisas as quais eu procuro não pensar, porém vezenquando atormenta. Atormenta, e machuca como um soco no peito. Aqueles que deixam a gente sem ar, e por um súbito momento, você para de respirar. Mas depois, como em um suspiro, volta o ar. Outro dia eu fico esperando, na janela do quarto, alguém bater no portão, pra eu abrir e ser você. E é nesses dias que eu espero mais. Uma espera inútil, insaciável. Mas, como mágica, acontece pra mim. Então, você entra, e me toma inteira, e aí, traz um novo livro, inteiramente em branco, com capa dura e canetas coloridas. Dá pra escrever agora, diferente de tudo, você diz.

E a gente escreve. Sem medo de errar, devagar, pra letra sair bonita.

Tá tudo bem. Tudo muito bem.

Não vai acontecer, eu sei.

Um comentário:

  1. Acredito q a cada dia acordamos encontramos embaixo de nosso travesseiro uma página em branco, esperando pra ser escrita...cabe a cada um se deixar levar e escrever sua própria história com final feliz, pq a com final triste pode ter sido só uma pausa... e isso só acontece se deixarmos acontecer!
    Lindo Texto =D

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